Friday 29 June 2018

Marcel Huijser (Montana State University): Road Ecology: Are we taking the right turns?




Data: 03 de julho de 2018
Date: July 03rd, 2018

Hora: 13h:00
Time: 1h:00 PM

Local (Room): Sala de defesa de tese, Bloco O, Prédio da Pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Ecologia de estradas: estamos no caminho certo?

A ecologia de estradas teve avanços substanciais nas ultimas décadas. Nosso conhecimento aumentou e medida mitigatórias visando a redução do impacto das estradas e do trafico sobre a vida selvagem estão agora difundidas e são implementadas regularmente. Em muitos casos, as medidas mitigatórias visam a segurança humana ao reduzir a colisão de veículos com mamíferos de grande porte, ao fornecem oportunidades de travessia segura para os animais, podendo até mesmo fazer sentido implementar estas medidas de um ponto de vista econômico. Esses sucesso talvez sejam razões para celebrarmos. Entretanto, talvez seja a hora de pensarmos se estamos seguindo o caminho certo. Quais são os efeitos das estradas e do trafico que estamos mitigando? Estamos esquecendo alguma coisa? O que nós precisamos fazer para que as medidas mitigatórias sejam implementadas em sessões de estrada de interesse para a conservação das especies mas que não são preocupantes do ponto de vista da segurança humana? As regiões que estão sendo mitigadas são as corretas e estão de acordo com nosso objetivos? Quais são os nossos vieses? Podemos melhorar os projetos dessas medidas mitigatórias para torna-las mais efetivas? Podemos ser mais inteligentes e melhorar a efetividade dessas medidas? Podemos quantificar o que é necessário para alcançar nossos objetivo?


Road Ecology: Are we taking the right turns?

Road ecology has made substantial advances over the last few decades. Our knowledge has increased and mitigation measures to reduce the impacts of roads and traffic on wildlife are now widespread and implemented regularly. In many cases, the mitigation measures address human safety through reducing collisions with large mammals, provide safe crossing opportunities for wildlife, and it can even make economic sense to implement these mitigation measures. These successes may be reason to celebrate. However, it may also be time for
us to think about whether we are taking the right turns. What are the effects of roads and traffic that we are mitigating? Are we forgetting things? What do we
need to do to get mitigation implemented along road sections that are a concern to biological conservation but that are not a major safety concern? Are the locations we mitigate the correct locations and are they consistent with our objectives? What are the biases in our processes? Can we improve on the design of the mitigation measures to make them more effective? Can we be smarter and optimize the effectiveness of mitigation measures? Can we quantify what is needed to achieve our objectives?


Marcel Huijser is a lead researcher in road ecology at the Western Transportation Institute at Montana State University, USA, where he leads a range of road and wildlife related projects for state and federal governments, counties, foundations, and other funders. He was the lead scientist on the 15-year long US Highway 93 wildlife mitigation project, which was a 90km long highway duplication project that dissected important natural habitats, agricultural land, and small villages on the Flathead Indian Reservation. 
Marcel is recognised internationally for his work on the development and testing of animal detection systems that alert drivers to the presence of large mammals along highways, having conducted trials in Yellowstone National Park, California, Colorado, Idaho, Montana, and Pennsylvania. Marcel and colleagues at WTI have undertaken a number of commissioned reports for the national US government on measures aimed at reducing wildlife-vehicle collisions and at mitigating the barrier effects of transportation infrastructure. 
Marcel is also a visiting professor at the University of São Paulo in Brazil where he has been teaching road ecology on a regular basis since 2014 and collaborating on a diverse suite of road-impact and mitigation studies. Some of these Brazilian projects include quantifying roadkill along the toll roads in São Paulo State, the development of a Brazilian animal detection system, and the evaluation of wildlife mitigation measures along the road through Carlos Botelho State Park that hosts one of the largest remaining fragments of Atlantic forest in Southern Brazil with threatened and endangered species such as the jaguar, southern muriqui and South American tapir. Marcel’s Ph.D. (2000) was on hedgehog road mortality and mitigation strategies in The Netherlands, in collaboration with the Dutch Society for the Study and Conservation of Mammals. In his spare time and professionally, Marcel writes a blog of road ecology photos. His photo website probably hosts the largest collection of road ecology images in the world.

Thursday 28 June 2018

Goggy Davidowitz (University of Arizona): What do pollinators do with the nectar they drink?



Data: 05 de julho de 2018
Date: July 05th, 2018

Hora: 13h:00
Time: 1h:00 PM

Local (Room): Sala de defesa de tese, Bloco O, Prédio da Pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

O que os polinizadores fazem com o néctar que eles consomem?

Polinizadores geralmente são atraídos paras as flores pelas recompensas do néctar. Néctar é muito mais do que só açúcar e água, ele também pode conter aminoácidos, ácidos graxos e microrganismos. Nós rastreamos o destino desses componentes do néctar por meio de isótopos estáveis de carbono. Nossos resultados fornecem novos conhecimentos à cerca de como os polinizadores utilizam o néctar e fornecem uma explicação para como nectarívoros, como as borboletas monarcas, beija-flores e morcegos podem migrar por milhares de quilômetros sem sofrerem danos oxidativos debilitantes enquanto estão abastecidos apenas por néctar.

Goggy Davidowitz Professor assistente na Universidade do Arizona. Nosso laboratório estuda fisiologia ecológica e evolutiva, principalmente de insetos. O tema comum entre todos os nossos projetos é; como os organismos ajustam seu crescimento em resposta a mudanças ambientais de curto ou longo prazo e quais são as consequências para o seu rendimento reprodutivo. Nós trabalhamos em múltiplas escalas, integrando diversas abordagens e sempre enfatizando o nível do organismos como um todo. Algumas das abordagens que nós utilizamos incluem ecologia de isótopos estáveis, calorimetria, respirometria, microcirurgia, energética, ecologia térmica e genética quantitativa. Nós combinamos trabalhos no campo, em estufas e em laboratório. 

What do pollinators do with the nectar they drink?

Pollinators are often attracted to flowers for the nectar rewards. Nectar is more than just sugar and water, it can also contain amino acids, fatty acids and microbes. We tracked the fate of these nectar components using stable carbon isotopes. Our results provide new insights on how pollinators utilize nectar and provide an explanation for how nectarivores such as monarch butterflies, hummingbirds and bats can migrate thousands of miles without sustaining debilitating oxidative damage while fueled on nectar alone.

Goggy Davidowitz Assistant Professor, University of Arizona. Our lab studies ecological and evolutionary physiology, mostly in insects. The common theme running through all our projects is; how do organisms adjust their growth in response to short- or long-term environmental change and what are the consequences to their reproductive output. We work at multiple scales, integrate a number of approaches and always emphasize the level of the whole organism. Some of the approaches we use include stable isotope ecology, calorimetry, respirometry, micro-surgery, energetics, thermal ecology and quantitative genetics. We combine work in the field, greenhouse, and lab.


Judith Bronstein (University of Arizona): Mutualism: What Do We Know, and Where Do We Go From Here?




                  Data: 04 de Julho de 2018
                  Date: July 04th, 2018

                  Hora: 13h:00
                  Time: 1h:00h PM

                  Local (Room): Sala de defesa de tese,
                  Bloco O, Prédio da Pós graduação,
                  Instituto de Biologia,
                  Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Mutualismo: O que nós sabemos e para onde vamos a partir daqui?

Nesta palestra, eu revisarei a conturbada história dos estudos de mutualismo, um campo que apenas coalesceu nos últimos vinte anos. Eu identificarei cinco principais direções de pesquisa e, então, apresentarei nossos trabalhos recentes sobre a polinização por esfingídeos para mostrar como eles podem ser integrados para levar nossa compreensão adiante. Concluirei discutindo questões urgentes envolvendo mutualismo que provavelmente conduzirão o campo no futuro.

Judith Bronstein Professora honoraria (Universidade do Arizona, EUA). Utilizando uma combinação de observações de campo e experimentos, eu investigo como processos de populações, condições abióticas e o contexto das comunidades determinam os efeitos líquidos das interações para o aptidão de cada espécies participante. Áreas conceituais específicas de interesse incluem: (1) conflito de interesse mutualistas e as suas consequências para a manutenção dos resultados benéficos dessas interações e (2) resultados dependentes de contexto em mutualismos e antagonismos. Eu também tenho colaborado em investigações teóricas e empíricas sobre (i) a fragilidade dos mutualismos sobre a luz de ameaças à conservação e mecanismos para a restauração de interações rompidas e (ii) as causas e as consequências de "trapaças" dentro dos mutualismos.

Mutualism: What Do We Know, and Where Do We Go From Here?

In this talk, I review the checkered history of the study of mutualism, a field that has only coalesced in the past twenty years. I will identify five major research directions, then present our own recent work on hawkmoth pollination to show how they can be integrated to move our understanding forward. I conclude by discussing pressing issues surrounding mutualism that are likely to drive the field in the coming years.

Judith Bronstein University Distinguished Professor (University of Arizona, EUA). Using a combination of field observations and experiments, I investigate how population processes, abiotic conditions and community context determine net effects of the interactions for the fitness of each participant species. Specific conceptual areas of interest include: (1) conflicts of interest between mutualists and their consequences for the maintenance of beneficial outcomes in these interactions and (2) context-dependent outcomes in both mutualisms and antagonisms. I am also collaborating on theoretical and empirical investigation of (i) the fragility of mutualisms in light of conservation threats and mechanisms of restoring disrupted interactions and (ii) the causes and consequences of “cheating” within mutualism.

Wednesday 20 June 2018

Juan Pedro Ferrio (ARAID): Stable isotopes for the study of plant water uptake: a focus on plant interactions (or not)

Resultado de imagem para Juan Pedro Ferrio
Data: 25 de Junho de 2018
Date: June 25th, 2018

Hora:13h:00
Time: 1h:00 PM

Local (Room): Sala da Congregação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil


Isótopos estáveis ​​para o estudo da absorção de água pelas plantas: foco nas interações das plantas (ou não)

Cerca de 500 Milhões de anos atrás, o maior desafio enfrentado pela primeira planta terrestre foi a aquisição de recursos hídricos. Atualmente, a disponibilidade de água ainda é um dos principais fatores ambientais que moldam a evolução das plantas terrestres. Assim, o estudo da capacidade de diferentes espécies de plantas para extrair água do solo é crucial para entender os ecossistemas terrestres. No entanto, a avaliação da distribuição e atividade das raízes baseia-se principalmente em métodos destrutivos e trabalhosos, que não são os mais adequados para entender a dinâmica temporal da absorção de água. Neste contexto, nas últimas décadas, o uso de isótopos estáveis ​​como indicadores hidrológicos surgiu como uma ferramenta robusta para determinar a fonte de água utilizada pelas plantas terrestres. Nesta palestra eu descreverei o básico para o uso da composição de isótopos de hidrogênio e oxigênio em ecohidrologia, com exemplos de aplicação para resolver questões ecológicas.


Juan Pedro Ferrio é um pesquisador da área de fisiologia vegetal, interessado na aplicação de isótopos estáveis ​​(d13C, d18O e d5N) na fenotipagem de plantas e ecofisiologia florestal, com especial atenção em respostas das plantas à seca. Ele também trabalha em estudos paleoambientais baseados na análise de isótopos estáveis ​​em restos de plantas arqueológicas, incluindo grãos de cereais e carvão vegetal.

Stable isotopes for the study of plant water uptake: a focus on plant interactions (or not)

About 500 My ago, the major challenge faced by the first terrestrial plant was the acquisition of water resources. Nowadays, water availability is still one of the main environmental factors shaping the evolution of terrestrial plants. Hence, the study of the ability of different plant species to extract water from the soil is crucial to understand terrestrial ecosystems. However, the assessment of root distribution and activity relies mainly on destructive and labour-intensive methods, which are not the most suitable to understand temporal dynamics of water uptake. In this context, in the last decades the use of stable isotopes as hydrological tracers has emerged as a powerful tool to determine the source of water used by terrestrial plants. In this talk I will describe the basics for the use of hydrogen and oxygen isotope composition in ecohydrology, with examples of application to solve ecological questions.

Juan Pedro Ferrio is a Plant Physiologist, interested on the application of stable isotopes (d13C, d18O and d5N) in plant phenotyping and forest ecophysiology, with special attention on plant responses against drought. He is also working on palaeoenvironmental studies based on the analysis of stable isotopes in archaeological plant remains, including cereal grains and wood charcoal.

Saturday 2 June 2018

Everton Maciel (Unicamp): Lacunas, vulnerabilidade ao clima e oportunidade para a conservação de espécies arbóreas na transição Cerrado-Amazônia



Data: 05 de junho de 2018
Date: June 5th, 2018

Hora: 13h:00
Time: 13h:00 PM/AM

Local (Room): Sala de Defesa de Tese, Bloco O, Prédio da Pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Lacunas, vulnerabilidade ao clima e oportunidade para a conservação de espécies arbóreas na transição Cerrado-Amazônia

A rede de Áreas Protegidas (APs) não foi planejada considerando as mudanças do clima em curso. No entanto, algumas regiões como a transição entre o Cerrado e Amazônia (TCA) são hotspots climáticos.  Com isso, surge a necessidade de identificar espécies vulneráveis e analisar se as APs existentes são suficientes para manter essas espécies frente as mudanças do clima. Assim, buscamos (1) identificar as espécies de maior prioridade para a conservação; (2) analisar a vulnerabilidade dessas espécies as mudanças climáticas e (3) analisar a lacuna de conservação da rede de AP na TCA. Selecionamos dentre as 1.755 espécies arbóreas que ocorrem na TCA, espécies ameaçadas de extinção, raras e comuns. Para analisar a vulnerabilidade dessas espécies, modelamos a distribuição destas para o clima atual e quatro cenários de emissões de gases do efeito estufa (2050). Quantificamos a perda de espécies preditas no clima futuro em relação a presente para a TCA e suas APs. Nossos resultados indicam que espécies ameaçadas de extinção, e.g. Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez, raras, e.g. Hymenaea maranhensis Lee & Lang. e comuns da TCA, e.g. Qualea ingens Warm. são vulneráveis as mudanças climáticas. Com base nesses resultados, argumentamos que as alterações no clima afetarão não apenas espécies raras e ameaçadas, mas também espécies comuns, indicando a necessidade de conservar locais onde essas espécies estão presentes. Nossa análise de lacunas mostrou que as APs da TCA não serão suficientes para manter áreas ambientalmente adequadas à conservação dessas espécies frente as mudanças do clima futuro. Por conseguinte, para a conservação efetiva, a criação de novas APs na TCA será necessária, e nossos resultados seriam uma oportunidade para isto.

Everton Maciel é doutorando em Biologia vegetal pela Universidade Estadual de Campinas, Mestre em Ecologia e Conservação pela Universidade do Estado de Mato Grosso, Bacharel em Ciência Biológicas pela Universidade de Mogi das Cruzes e Técnico em Agricultura pelo Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Alagoas. Atualmente, suas pesquisas estão voltadas para a conservação da diversidade vegetal.

Gap, climate vulnerability and opportunity for conservation of tree species in Cerrado-Amazon rainforest transition zona

Network of protected areas (PAs) were not planned taking into account climate change. However, some regions as a Cerrado-Amazon rainforest transition zona (here, CAT) are climate change hotspots of Brazil. For this reason, there is an urgent need to identify vulnerable species and also analyze if the PAs are sufficient to maintain these species in face of the climate changes. We seek to (1) identify species with the highest priority for conservation; (2) analyze the vulnerability of these species climate change and (3) analyze conservation gap in PAs of CAT. We selected among the 1.755 tree species that occur in CAT the threatened, rare and common species. To analyse the vulnerability of tree species we modeled their potential distribution for current climate and four IPCC emissions scenarios (2050). Then, we quantify species loss in future in relation to the current climate in CAT and PAs. Our results show that threatened tree species, e.g. Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez, rare species, e.g. Hymenaea maranhensis Lee & Lang. and common species e.g. Qualea ingens Warm. are vulnerable to climate change. Based on these results, we argue that the climate changes will affect not only rare and endangered species, but also common species, indicating the need to conserve areas where these species are present. Our gap analysis showed that the PAs aren't sufficient to maintain the environmentally suitable areas of the species in a scenario of future climate. Therefore, for the effective conservation new PAs in the CAT will be needed, and our results would be an opportunity for this.

Everton Maciel is a doctorate student at the Plant Biology department of University of Campinas, Master in Ecology and conservation by the University of Mato Grosso State, Graduated in Biological Sciences by the University of Mongi das Cruzes and Technician in Agriculture by the Federal Institute fo Education, Science and Technology of Alagoas. Currently, his research is focused on the conservation of plant diversity