Date: August 05th, 2015
Hora: 14h:00
Time: 2h:00 PM
Local (Room): Sala de Defesa de Tese, Bloco O, prédio da pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil
Flores evitando polinizadores? Barreiras de exploração como um mecanismo de diversificação floral
Os mutualismos planta-polinizador são entendidos como um conflito de interesses entre ambos parceiros, na qual a interação resulta em um saldo líquido positivo. Neste sentido, os atributos florais emergem como resultado da coevolução entre plantas e polinizadores, no qual estes atributos conferem vantagens reprodutivas para ambos parceiros. Porém, evidências teóricas e empíricas apontam que atributos florais podem atuar como barreiras de exploração: quando conferem vantagem reprodutiva às plantas e um custo aos polinizadores. Dois processos levam a este aparente paradoxo - 1) diferença na efetividade dos polinizadores e 2) partição de recursos floral entre os polinizadores. Neste cenário, uma planta se especializa no polinizador mais eficiente a partir de atributos florais que excluem outros possíveis polinizadores na comunidade. Estas barreiras de exploração acarretam custos fisiológicos e comportamentais aos polinizadores, e em certos casos, aos polinizadores efetivos também. O mutualismo se mantém pois estes custos são compensados pela partição de recurso floral entre os polinizadores. Assim, a exclusão de polinizadores é um mecanismo importante na evolução de diversos atributos florais e barreiras de exploração: tubos florais longos, néctar tóxico e coloração vermelha, dentre outros. Nesta palestra, irei detalhar o conceito de barreiras de exploração nas interações plantas-polinizador e ilustrar com um estudo de caso: a exclusão sensorial de abelhas (em favor de beija-flores) em flores com coloração vermelha, utilizando a espécie de planta Costus arabicus como modelo.
Flowers avoiding pollinators? Exploitation barriers as a mechanism of flower diversification
The plant-pollinator mutualisms are interpreted as a conflict of interests between both partners, in which the interaction results in a positive net balance. In this sense, the floral traits arise from the coevolution between plants and pollinators, providing reproductive advantages for both partners. However, theoretical and empirical evidence point out the floral traits as exploitation barriers: when these traits provide reproductive advantages for the plants but a cost for the pollinators. Two processes lead to this apparent paradox - 1) differences in pollinator effectiveness and 2) floral resource partitioning between the pollinators. In this scenario, the flower traits drive plant specialization in the most efficient pollinator, while exclude the other pollinators in the community. These exploitation barriers entail physiological and behavioral costs to the pollinators, and in some cases to the effective pollinators. The mutualism is maintained because these costs are compensated by the floral resource partitioning between the pollinators. In this way, pollinator exclusion is an important mechanism driving the evolution of several floral traits: long tubes, toxic nectar and red color. In this talk, I will explain the concept of exploitation barrier in the plant-pollinator interactions and illustrate it with a study case: the bee sensorial exclusion (in favour of hummingbirds) in red-colored flowers, using the plant species Costus arabicus as a model.
Pedro possui graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia, pela mesma instituição. Possui experiência em Ecologia da Polinização e tem atuado nos seguintes temas: interação planta-polinizador, ecologia cognitiva da polinização, fenologia, redes complexas de interação e estruturação de comunidades.
Pedro has licentiate and bachelor’s degree in Biology Science at State University of Campinas. Currently is master's degree student at the same University. He has experience in pollination ecology and has interesting in plant-pollinator interaction, cognitive pollination ecology, phenology, interaction complex networks and communities structure.