Data: 22 de setembro de 2015
Date: September 22nd,2015
Hora: 14h:00
Time: 2h:00 PM
Local (Room): Sala LB06, CIEGIB, 1° piso, Bloco C, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil
Biogeografia de beija-flores: mapeando atributos funcionais e filogenéticos da diversidade de espécies
Entender os determinantes da variação em ampla escala da riqueza de espécies é o desafio central para a ecologia. Entretanto, inferir a influência de fatores ambientais na diversidade de espécie é desafiador uma vez que processos randômicos podem gerar o mesmo padrão de diversidade similar aos observados pelos dados empíricos. Portanto, testes de hipóteses macroecológicas precisam implementar adequadamente modelos nulos. Nesta apresentação apresentarei o conceito de modelos nulos para escalas globais a regionais e exemplos de como estas hipóteses podem ser usadas para investigar a variação geográfica no endemismo e na idade de evolução de espécies beija-flores nas Américas. Notavelmente, analises mostram que espécies coocorrentes de amplitudes menores do que a esperada pela composição regional são evolutivamente mais antigas. Análises posteriores de divergência de clados específicos conduzidos em hotspots de endemismo nos Andes revelaram uma sub-representação de muitas das maiores linhagens de beija-flores, do qual pode indicar que o isolamento de espécies em área com alta estabilidade climática podem adiar a extinção local de espécies relictuais e assim contribuir para a variação geográfica do endemismo. Finalmente, para investigar como isso pode estar associado a processos locais como interações interespecíficas, irei apresentar analises mostrando como o aumento da especialização in plantas é encontrado em áreas que consistem de assembleia de espécies evolutivamente antigas e com amplitudes restritas. A associação documentada entre a amplitude de distribuição, idade evolutiva e estabilidade climática possuem relevância para teorias ecológicas e evolutivas e quão dinâmico eventos de especiação e extinção operando desde escalas regionais a globais contribuem para o entendimento de por quê certas áreas englobam inexplicavelmente grande riqueza de espécies com amplitude restritas. Isso pode torná-las vulneráveis não somente devido a sua menor amplitude, mas também porque elas são ecologicamente mais especializadas.
Jesper Sonne é bacharel em Biologia pela University of Copenhagen (Dinamarca). Atualmente é aluno de mestrado da mesma universidade sob orientação dos professores Bo Dalsgaard e Carsten Rahbek. Seus interesses são amplos dentro dos campos da ornitologia, evolução e macroecologia. Ele está particularmente interessado em comunidades de aves neotropicais e a importância da interação de espécies para os padrões de biodiversidade. Seu projeto de mestrado está focado na estrutura funcional e filogenética de comunidades de beija-flor-plantas e frugivoria de pássaros-plantas pelo mundo e como tais estruturas podem explicar a variação em escala mais ampla das especializações bióticas.
Hummingbird biogeography: mapping functional and phylogenetic attributes of species diversity
Resolving the determinants of the large-scale variation in species richness is a central challenge for ecology. However, Inferring influences of climate factors on species diversity is challenging since random processes can generate diversity patterns similar to those observed by empirical data. Hence, macro-ecological hypothesis testing needs to implement properly designed null models. In this talk, I present null model concepts from global to regional scale and examples of how these can be used to investigate geographical variations in endemism and the evolutionary age of hummingbird species across the Americas. Notably, analyses show that co-occurring species with smaller range sizes than expected given the regional species composition are also evolutionary older. Subsequent analysis of clade specific divergence conducted for Andean endemism hotspots revealed an overrepresentation of several major hummingbird lineages, which could indicate that isolation of species in areas with high climatic stability can postpone local extinction of relict species hence contributing to the geographical variation of endemism. Finally, to investigate how this may associate to local scale processes as interspecific interactions, I present analyses showing how increased specialization on flowering plants is found in areas consisting of evolutionary older and more range-restricted species assemblages. The documented association between range size distributions, evolutionary age and climate stability has relevance for ecological and evolutionary theory of how dynamics in speciation and extinction events operates from regional to global scale and may contribute to the understanding of why certain areas encompass unexpectedly great richness of range-restricted species. These may be vulnerable not only due to their small ranges but also because they are ecologically more specialized.
Jesper Sonne has bachelor's degree in Biology at University of Copenhagen (Denmark). Currently is master's degree student at University of Copenhagen (Denmark) with professors Bo Dalsgaard and Carsten Rahbek. His research interests cover a wide range within the fields of ornithology, evolution and macroecology. He is particularly interested in neotropical bird communities, and the importance of species interactions for patterns of biodiversity. His M.Sc project focus on the functional and phylogenetic structure of hummingbird-plant and frugivore bird-plant communities across the word and how these may explain large scale variations in biotic specialization.
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Phoho by Gustavo Shimizu |