Tuesday, 24 September 2019

Marcelo Magioli (USP - ESALQ): Uso dos recursos, habitat e estrutura trófica de médios e grandes mamíferos utilizando isótopos estáveis

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Data: 01 de Outubro de 2019
Date: October 1st, 2019

Hora: 13h:00
Time: 01h:00 PM

Local (Room): Sala IB11, Bloco O, Prédio da Pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Uso dos recursos, habitat e estrutura trófica de médios e grandes mamíferos utilizando isótopos estáveis


O papel da matriz da paisagem, apesar de amplamente estudado quanto aos impactos negativos sobre a riqueza e diversidade de espécies, ainda carece de dados robustos sobre seu uso pela fauna. Métodos de estudo tradicionais em ecologia alimentar, como a coleta e análise de fezes e estômagos, observação direta, análise de carcaças e sítios de predação, geram informações essenciais sobre a ecologia das espécies. No entanto, é praticamente impossível determinar a origem dos recursos, ou mesmo inferir informações sobre o uso do habitat, utilizando esses métodos sem um amplo e duradouro esforço de coleta e análise. Técnicas aplicadas, como a análise de isótopos estáveis (SIA), tem potencial para detectar mudanças no uso dos recursos e habitat pelas espécies, além percepções sobre processos tróficos, atuando de forma complementar aos estudos tradicionais e auxiliando na obtenção de respostas para a problemática de áreas modificadas pelo homem, além de gerar informações em amplas janelas temporais com apenas uma amostra. Nessa fala, irei apresentar estudos de caso aplicando a análise de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio focando em determinados táxons, e comparando padrões para assembleias de médios e grandes mamíferos entre paisagens conservadas e modificadas. No primeiro estudo de caso com onças-pardas, serão apresentadas mudanças no uso dos recursos e habitat pela espécie e suas principais presas entre paisagens agrícolas com diferentes proporções de cobertura florestal. No segundo estudo de caso, serão apresentadas evidências sobre mudanças no uso dos recursos e habitat por guildas tróficas de mamíferos entre paisagens agrícolas e conservadas na Mata Atlântica, evidenciando o papel da matriz como fonte de recursos alimentares e habitat, e sua influência na modificação da estrutura trófica das assembleias. Por fim, serão apresentados três pesquisas em desenvolvimento: 1) Capivaras, comparando o uso dos recursos e os nichos isotópicos entre áreas conservadas e modificadas, mostrando a plasticidade da espécie na obtenção de recursos; 2) Morcegos vampiros, utilizando a análise isotópica para confirmar a preferência alimentar da espécie; 3) Tatus e tamanduás, comparação dos nichos isotópicos das espécies no Cerrado e Pantanal, verificando a sobreposição de nicho no uso dos recursos, origem das presas, e preferência de locais de forrageamento.

Marcelo Magioli é graduado em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas (2004-2007), com doutorado no Programa de Pós-Graduação Interunidades de Ecologia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - CENA/ESALQ/USP (2014-2018). Atualmente é pesquisador associado do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (ICMBio/CENAP). Desenvolvo pesquisas em ecologia trófica, ecologia de comunidades, ecologia funcional e análise de isótopos estáveis, com foco em mamíferos. 

Resource use, habitat and trophic structure of medium and large-sized mammals using stable isotopes

The role of the landscape matrix, despite being broadly studied in relation to its negative impact over species richness and diversity, still lacks robust studies about fauna usage. Traditional methods in dietary ecology, like stomach or feces content analysis, direct observation, carcass analysis, and predation sites, generate essential information about species' ecology. However, it is almost impossible to track the origin of the resources, or even infer information about habitat usage, using these methods, without a broad and long-lasting effort of sampling and analysis. Applied techniques, like Stable Isotope Analysis (SIA), have the potential to detect changes in resource and habitat usage by species, besides bringing perceptions about trophic processes, acting in a complementary manner to traditional studies, helping to provide answers to the issue of disturbed landscapes, besides generating information of wide temporal windows in just one sample. On this talk, I'll present case studies which apply Stable Isotope Analysis of carbon and nitrogen focusing on certain taxa and comparing patterns for assemblages of medium and large-sized mammals between conserved and modified landscapes. On the first case study with the cougar (Puma concolor), I'll present data about the changes in resource and habitat use by the species, and its main preys, between agricultural landscapes with different forest coverage. On the second case study, evidence will be presented about the change in resource and habitat use by trophic guilds of mammals between agricultural and conserved Atlantic Rainforest landscapes, highlighting the role of the matrix as a source of alimentary resources and habitat, and its influence in shaping the assemblages' trophic structure. At last, I'll present three ongoing studies: 1) Capybaras, comparing resource usage and isotopic niches between conserved and disturbed areas, showing the species plasticity in resource acquisition; 2) Vampire bats, using isotopic analysis to confirm the dietary preference of the species; 3) Armadillos and anteaters, isotopic niche comparison of the species on the Cerrado savannah and Pantanal wetlands, verifying niche overlap in resource usage, prey origin, and preference in foraging places.  

Marcelo Magioli received his B.Sc. in Biological Sciences from the Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas (2004-2007), and his Ph.D. in Applied Ecology from the Interunits Graduate Program from CENA/ESALQ/USP (2014-2018). He is currently an associate researcher at the National Center for Research and Conservation of Carnivore Mammals (ICMBio/CENAP). He develops research in trophic ecology, community ecology, functional ecology, and stable isotope analysis, focusing on mammals.

Thursday, 19 September 2019

Paulo Bittencourt (University of Exeter): Ecologia, tecnologia e empreendedorismo


Data: 25 de setembro de 2019
Date: September 25th, 2019

Hora: 13:00
Time: 01:00 PM

Local (Room): Sala de Defesa, Bloco O, Prédio da Pós Graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Ecologia, tecnologia e empreendedorismo

A diversidade possui um papel central na ecologia. Com a diversidade ecológica há a necessidade de diversidade de tecnologias. Entretanto, essa diversidade, necessária muitas vezes em baixos volumes, faz da ecologia um mercado pouco atraente. Isso leva a uma lacuna tecnológica que tanto limita a pesquisa como a aplicação do conhecimento ecológico na sociedade. Nesta palestra, apresento nossa experiência no desenvolvimento e ensino de tecnologia para ecologia e como isso tem viabilizado estudos de ecohidrologia de plantas e permitido sua extensão, através do empreendedorismo, para a sociedade.

Paulo Bittencourt desenvolve pesquisa em ecofisiologia e transporte de água em plantas e florestas tropicais. Ele estuda como o meio ambiente afeta e é afetado pelas plantas, principalmente através das relações hídricas das plantas. Ao estudar o sistema de transporte de água de plantas, busca entender como o contínuo solo-planta-atmosfera afeta processos como produtividade, mortalidade, biodiversidade, evolução e bioquímica de plantas e ecossistemas. Paulo também desenvolve novas tecnologias para viabilizar pesquisa em ecologia e permitir a aplicação do conhecimento em ecologia na sociedade através do empreendedorismo. Ele obteve seu diploma de doutorado em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas e atualmente é Fellow da Newton International | Royal Society, na University of Exeter. Também é co-fundador da start-up Plantem - Tecnologia em Plantas e Monitoramento Ambiental.

Ecology, technology, and entrepreneurship

Diversity plays a central role in ecology. Ecological diversity then needs technological diversity and innovation. However, this diversity is usually needed in small volumes, which makes ecology an unattractive market. The unattractiveness leads to a technological gap that limits not only research but also the application of ecological knowledge to society. On this talk, I'll show our experience in the development and teaching of technology for ecological use and how this has enabled studies of plant ecohydrology and has allowed its extension, through entrepreneurship, to benefit society.  

Paulo Bittencourt develops research in ecophysiology and water transport in plants and tropical forests. He studies how the environment affects and is affected by plants, mainly through plants' hydric relations. While studying plants' water transport system, he tries to understand how the soil-plant-atmosphere continuum affects processes like productivity, mortality, biodiversity, evolution, and plants and ecosystem biochemistry. Paulo also develops new technologies to enable research in ecology and allow the application of knowledge in ecology to society through entrepreneurship. He got his Ph.D. in ecology at Unicamp and currently is a Newton International Royal Society Fellow, at the University of Exeter. He is also co-founder of the start-up Plantem - Plant Technology and Environmental Monitoring.



Thursday, 12 September 2019

Augusto Rosa (Unicamp): Borboletas Ameaçadas


Data: 19 de setembro de 2019
Date: September 19th, 2019

Hora: 13:00
Time: 01:00 PM

Local (Room): Sala de Defesa, Bloco O, Prédio da Pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Borboletas ameaçadas

A atual lista de fauna ameaçada de extinção do Brasil conta com 58 espécies de borboletas e devido ao atual  panorama de conservação no Brasil, o número de espécies na lista só tende a aumentar. No entanto novas informações podem ajudar a ajustar o nível de ameaça mais próximo da realidade para as espécies, assim o projeto visa ajudar a entender como o conhecimento do público em geral sobre borboletas ameaçadas de extinção do Brasil (baseado em registros visuais/fotos/coletas/relatos) podem auxiliar na conservação desses organismos. O projeto é aplicado via mídia social FACEBOOK, utilizando chamadas contendo imagens das borboletas ameaçadas e suas informações básicas. Ao final os dados gerados podem fornecer novos registros de ocorrência, notas sobre o comportamento das espécies e essas informações estão sendo utilizadas para uma melhor avaliação do status de risco de extinção dessas espécies.

Augusto Henrique Batista Rosa é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade de Taubaté (UNITAU), mestre em Ecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e atualmente aluno de doutorado Biologia Animal pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foco meus estudos sobre as borboletas brasileiras ameaçadas de extinção, realizando estudos populacionais, levantamento de dados gerais sobre as espécies e novos registros de ocorrência.

Threatened butterflies

Brazil's current endangered fauna list has 58 butterfly species and due to the current conservation scenario in Brazil, the number of species on the list just tends to increase. However new information can help to adjust the threat status closer to reality for the species, so the project aims to understand how the general public's knowledge of Brazil's endangered butterflies (based on visual records/photos/ collections/reports) may assist in the conservation of these organisms. The project is applied via social media FACEBOOK, using calls containing images of threatened butterflies and their basic information. In the end, the results can provide new records of occurrence, notes on behavior of the species and this information will be used for a better evaluation of the species extinction risk status.

Augusto Henrique Batista Rosa is graduated in Biological Sciences at Universidade de Taubaté (UNITAU), Master in Ecology at Federal University of Minas Gerais (UFMG) and currently PhD student in Animal Biology at Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). I focus my studies on Brazilian threatened butterflies, carrying out population studies, collecting general data about the species and new occurrence records.

Friday, 6 September 2019

Mayra Vidal (Syracuse University): Persistência de mutualismos com exploradores


Data: 12 de setembro de 2019
Date: Setember 12th, 2019

Hora: 13:00
Time: 01:00 PM

Local (Room): Sala IB11, Bloco O, Prédio da Pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Persistência de mutualismos com exploradores

Os mutualismos são interações mutuamente benéficas, geralmente compostas por grandes redes de espécies que formam a base da maioria, se não de todas as comunidades ecológicas. Juntamente com as espécies mutualistas, essas comunidades mutualistas também possuem espécies que não oferecem benefícios, conhecidas como exploradores. A exploração é uma perturbação onipresente no mutualismo e que potencialmente pode trazer impactos negativos nas comunidades mutualistas. Possíveis fatores que podem levar à coexistência entre exploradores e mutualistas não estão claros. Utilizando um sistema microbiano, exploro dois mecanismos possíveis que podem levar à persistência de mutualismos sob exploração. Primeiro, mostro que a alta riqueza de espécies das comunidades mutualistas torna as comunidades mais resistentes ao colapso por exploração. Esse resultado corrobora estudos de rede mutualístas que sugerem que a riqueza de espécies de comunidades mutualistas fornece redundância funcional que pode amortecer mutualismos de perturbações. Segundo, mostro que a coevolução entre parceiros mutualistas pode levar à resistência contra invasões por exploradores, independentemente da obrigatoriedade da interação mutualística. Esses resultados nos informam sobre meios que podem levar a persistência de mutualismos que observamos na natureza, sem a necessidade de mecanismos de controle dos parceiros.

Mayra Vidal é uma ecóloga evolutiva com interesse na evolução de interações entre espécies. Ela investiga como as interações mudam no espaço e no tempo, e como as interações influenciam e são influenciadas pelos contextos ambientais e da comunidade. Por fim, ela está interessada em como as interações entre espécies podem desempenhar um papel na diversificação de organismos. Mayra é bacharel em ciências biológicas e mestre em Ecologia pela Unicamp. Ela obteve seu diploma de doutorado em Ecologia e Evolução pela University of Denver, e atualmente é pós-doutoranda na Syracuse University.

Persistence of mutualisms under exploitation

Mutualisms are widespread, mutually beneficial interactions usually comprised of large networks of species that form the foundation of most, if not all ecological communities. Along with mutualist species, these mutualist communities also host species that provide no benefits, i.e., exploiters. Exploitation, or cheating, is a ubiquitous perturbation in mutualism that can have negative impacts on mutualist communities. It is not clear what factors can lead to the coexistence between cheaters and mutualists. Using a microbial system, I explore two possible mechanisms that can lead to the persistence of mutualisms under exploitation. First, I show that high species richness of mutualistic communities makes communities more resistant to breakdown from exploitation. This result supports network studies that have hypothesized that high species richness of mutualistic communities provides functional redundancy that could buffer mutualisms from perturbations. Second, I show that coevolution between mutualistic partners can lead to resistance against invasion by novel cheaters, regardless of the dependency between partners. These results inform us about ways that mutualisms can persist in nature, without the need for control mechanisms between interacting partners.

Mayra Vidal is an evolutionary ecologist with an interest in the evolution of species interactions. She investigates how interactions change over space and time, and how interactions influence and are influenced by the environmental and community contexts. Ultimately, she is interested in how species interactions might play a role in the diversification of organisms. Mayra received her B.Sc degree in Biological Sciences and M.Sc degree in Ecology from Unicamp. She then moved to the U.S. to get her Ph.D. degree in Ecology and Evolution from the University of Denver. She is currently a postdoctoral fellow at Syracuse University.



Tuesday, 3 September 2019

Flávia M. D. Marquitti (Unicamp): Temperando jogos evolutivos com complexidade



Data: 11 de Setembro de 2019
Date: September 11th, 2019

Hora: 13:00
Time: 01h:00 PM

Local (Room): Sala IB11, Bloco O, Prédio da Pós graduação, Instituto de Biologia, Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil

Temperando jogos evolutivos com complexidade

A teoria de Jogos é aplicada em Biologia evolutiva para entender como certas estratégias ou características persistem, coexistem e se tornam então estratégias que são evolutivamente estáveis. Nesta palestra, abordarei três trabalhos que utilizam a teoria de jogos em três situações diferentes: (i) em uma população com três estratégias distintas, (ii) entre duas populações (espécies), com duas estratégias distintas e (iii) em uma população (espécie) inicial que diversifica em muitas espécies. Na primeira parte, abordarei como a ploidia do material genético e as relações de dominância entre os genes podem influenciar o resultado esperado de um jogo evolutivo. Na segunda parte, irei expor como as interações (e portanto jogos evolutivos) entre indivíduos de espécies diferentes, e não somente indivíduos de uma mesma espécie, podem definir quais são as estratégias evolutivamente estáveis em cada população. Na terceira parte da apresentação, falarei sobre um modelo evolutivo baseado no indivíduo em que uma população inicial, cujos indivíduos pertencem a uma mesma espécie, se diversifica em várias outras espécies sob um determinado jogo entre os indivíduos. Além de entender a importância dos diferentes jogos para a evolução, apresentarei como eles influenciam os padrões evolutivos nas árvores filogenéticas que descrevem a diversificação das espécies no modelo.

Flávia M. D. Marquitti é Bióloga e Matemática Aplicada formada pela Unicamp. Fez seu mestrado em Ecologia pela Unicamp e o doutorado em Ecologia pela USP. Durante esse período de Pós-Graduação trabalhou principalmente com redes ecológicas de mutualismos. No seu doutorado passou um período na Universidade de Princeton e na Universidade de Lisboa quando começou a se interessar e estudar a evolução da cooperação. Atualmente é Pós Doc no Instituto de Física 'Gleb Wataghin' e sua pesquisa é focada na evolução da cooperação em um contexto de muitas espécies que interagem entre si. Desenvolve trabalhos principalmente na área teórica, e é bastante interessada em testá-los ou compará-los com dados empíricos sempre que possível.

Flavouring evolutionary games with complexity

Game theory is applied in evolutionary biology to understand how certain strategies or characteristics persist, coexist and become then evolutionary stable strategies. On this talk, I will approach three studies that utilized game theory in three different situations: (i) in a population with three distinct strategies, (ii) between two populations (species), with two distinct strategies and (iii) in an initial population (species) that diversifies in many species. On the first part, I'll talk about how genetic material ploidy and dominance relationships between genes can influence the expected result of an evolutionary game. On the second part, I shall expose how interactions (and therefore evolutionary games) between individuals of different species, and not only individuals from the same species, can define which are the evolutionary stable strategies in each population. On the last part of the talk, I'll talk about an individual-based evolutionary model in which an initial population, whose individuals belong to the same species, diversifies in many other species under a certain game between individuals. In addition to understanding the importance of different games for evolution, I'll present how they influence evolutionary patterns on phylogenetic trees which describe species diversification in the model.

Flávia M. D. Marquitti is both a biologist and an applied mathematician, having received both degrees from the State University of Campinas (Unicamp). She has an Ecology Master's Degree also from Unicamp and a Ph.D. in Ecology from USP. During her graduation, she worked mainly with mutualism ecological networks. On her Ph.D. she spent some time at Princeton University and at the University of Lisbon when she started to get interested in and study cooperation evolution. Currently is a Post-Doc fellow at the Physics Institute 'Gleb Wataghin' and her research is focused on the evolution of cooperation in a context of many interacting species. She develops mainly theoretical works and is much interested in testing or comparing them with empirical data.